segunda-feira, 27 de maio de 2013

Resenha "Ilha Das Flores- Documentário 1989"



   Ilha das Flores é um documentário de 13 minutos do ano de 1989, Dirigido por Jorge Furtado, narrado por Paulo José e Produzido pela Casa de Cinema de Porto Alegre.
   O documentário relata basicamente fatos decorrentes por volta do ciclo útil de um vegetal, o Tomate. O foco do Filme de 13 minutos é apresentar ao espectador o modo de vida de algumas pessoas, estas que vivem no estado brasileiro Rio Grande do Sul. No inicio do filme é falado sobre a produção do tomate, a forma como é produzida, curiosidades sobre o alimento e especificamente sobre um dos produtores, o japonês Suzuki. No decorrer do curta-metragem, que acompanha o ciclo da vida útil do Tomate, relata-se sobre pessoas, animais e objetos que envolvem, de alguma forma, o contexto em que o vegetal é aplicado.
   O filme tem a finalidade de apresentar um local específico, A Ilha das Flores, onde o Tomate tem seu fim usual. Após passar por diversos lugares, utilizado de forma abundante e alguns serem até descartados como parte inútil aos olhos de cidadãos gaúchos pelo fato de estarem danificados, estes que não serão usados, vão para a Ilha das Flores, o lugar serve de armazenamento para o lixo orgânico, porém é habitado por várias famílias de Porto Alegre.
    As famílias que residem na Ilha das Flores, convivem em meio à alguns animais, entre eles os porcos. O dono dos porcos e detentor das Terras, realiza uma seleção dentre os lixo orgânico que chega ao local, os produtos que o mesmo julga ter melhores condições vão ser servidos aos porcos, o que há de sobra após esse processo de separação é exposto a céu aberto para que cujas famílias habitantes do local, dentro de um tempo de 5 minutos supram a necessidade, fome.
      A Partir daí gera-se o conceito de que na Ilha das Flores, as pessoas possuem menos privilégios que os animais. No filme de 13 segundos, o narrador Paulo José deixa específico o significado de cada símbolo ou ícone que é apresentado e de forma causal, todos os personagens e objetos associam-se indiscutivelmente demonstrando o sarcasmo, a ironia e o modo relativo de como o narrador sobrepõe os fatos. 
    A finalidade clara do documentário é, de forma impactante, a de relatar o contraste social e o descaso vigente, que deploram as questões humanitárias de visão de mundo, as relações e citações feitas no filme encaminham por si próprias, o espectador a uma conclusão já identificada pelo narrador, ou seja, Paulo José, conclui as ideias anteriores.

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